O discurso de apresentação do Relatório de Gestão de 2022 da CBF, feito pelo Presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, destacou os avanços financeiros do último ano, com uma receita recorde de mais de R$ 1,2 bilhão e lucro de R$ 143 milhões, fruto do aumento das receitas com patrocínios, direitos de transmissão e investimentos no futebol. A apresentação foi aberta com uma saudação formal a Pelé, Ednaldo iniciou seu discurso enaltecendo os avanços da Confederação em seu primeiro ano de mandato, com destaque para o melhor resultado financeiro da história. O balanço foi aprovado nesta terça-feira (25) por unanimidade pelos 27 presidentes de federações, que integram a Assembleia-Geral da entidade.

Mais patrocínio e investimenos

A Confederação teve receitas de R$ 567 milhões com patrocínios e outras fontes de receita cresceram em relação ao ano anterior, como direitos de transmissão e comerciais, com R$ 350 milhões, e bilheteria e premiações das Seleções, com mais de R$ 100 milhões, demonstrando um esforço em busca de novas fontes de receita. Grafico de evolução de receita da CBF de 2013 a 2022 Durante a cerimônia, o presidente da CBF informou ter concluído a venda do avião e do helicóptero da entidade, como já havia prometido no ano passado. O avião modelo Cessna 680 Citation Sovereign (prefixo PP-AAD), ano 2009, com capacidade para nove passageiros, foi vendido por US$ 8 milhões (cerca de R$ 40 milhões) e o helicóptero Augusta A109S, ano 2010, de quatro lugares, por US$ 3 milhões (cerca de R$ 15 milhões). Com o crescimento da receita, a CBF aumentou o investimento no futebol, atividade principal da entidade. Somados os gastos com as seleções, foram mais de R$ 700 milhões em investimentos. Os clubes das Séries B, C e D do Campeonato Brasileiro receberam um aumento nas cotas de participação e nas premiações. Os investimentos tanto nas seleções femininas quanto nas competições femininas também evoluíram, além do montante injetado na qualificação da arbitragem. Grafico de evolução de investimenot da CBF de 2015 a 2022 No discurso, Ednaldo Rodrigues enumerou resultados e ações e agradeceu o apoio dos presidentes das 27 federações filiadas e dos dirigentes de clubes e ligas amadoras. Na cerimônia, ele fez também uma deferência especial ao presidente da Fifa, Gianni Infantino, pelo apoio constante nos momentos mais difíceis da transição recente pela qual passou a CBF. “Houve a cobrança de mais de R$ 100 milhões em valores devidos à CBF por empresas que tinham contratos com a entidade e não vinham pagando suas obrigações. Também rompemos contratos lesivos, que sangravam os cofres da entidade e tinham custos de oportunidade superior a R$ 150 milhões por ano”, disse o Presidente.

Resultados positivos dentro e fora de campo

Apesar de o principal título, o da Copa do Mundo, não ter sido conquistado, os resultados dentro de campo também foram comemorados principalmente pela base, como os recentes títulos dos Sul-americanos sub-20 e sub-17, assim como do feminino, e também louvou o sucesso das seleções de futsal e de beach soccer. No total, as seleções já venceram 13 competições desde que o Presidente assumiu o comando da entidade. Em âmbito nacional, a CBF organizou 19 competições com 2437 partidas, o que envolveu mais de 400 equipes nas categorias de base e profissional. No feminino, por exemplo, foram criadas a Supercopa e o Brasileirão A3.

Racismo NÃO

Outro indicador do novo modelo de gestão ressaltado por Ednaldo é uma das marcas de sua administração: o combate ao racismo e à intolerância. A CBF é a primeira entidade do mundo que adotou no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube em caso de racismo. A novidade foi incluída no RGC de 2023 em fevereiro deste ano.